Poeta Cigano
O meu quarto, na penumbra, vazio,
E o lampião à meia luz, agonizante,
Uma escura noite, desnuda e, fria,
E num silêncio de solidão, reinante,
Um doído coração, uma alma vazia!
Sem rumo, atônito e, sem entender,
Cabisbaixo, vago triste ali desolado,
Ao lado, eu não posso deixar de ver,
A cama vazia e, o lençol amarrotado,
Como rastros, fortes rastros de você!
Na mesa, apenas dois cálices vazios,
Com seu perfume, que não dissipou,
Em outros corações, foi se esconder,
Do meu puro amor nem se lembrou,
Quando embora foi e quis me perder!!!
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